Foi fazer piada do Cruzeiro e agora está desesperado com situação financeira do Galo
Se, nesta temporada, o Cruzeiro mostrou ao Brasil o passo a passo para a reconstrução, em 2019, fatídico ano do rebaixamento, o clube estrelado deu a receita para a crise: tenha um elenco caro, faça projeções de títulos, não ganhe nada e pronto! O fracasso está feito.
Ao que parece, o Atlético-MG está seguindo à risca o cenário acima descrito. O Galo, que no ano passado conquistou o sonhado bicampeonato, nesta temporada foi eliminado de todas as competições possíveis. Dificilmente será rebaixado, é verdade, mas não será campeão da Série A do Brasileirão deste ano, que deve ir mesmo para o Palmeiras.
No início desta temporada, Lucas Tanaka, torcedor do Galo, se ‘infiltrou’ no Estádio Soares de Azevedo, em Muriaé, interior de Minas, para assistir Tombense e Cruzeiro, ainda nas rodadas iniciais da Série B do Brasileirão. O jogo terminou empatado em 1 a 1.
“Ontem foi uma noite especial, eu não pude perder, Maria na Série B. Copos voando, desabafos, abraços e euforia. Assim foi no momento do empate do Crusseiro contra o forte Tombense na 3ª rodada da B. Eu estava lá, ninguém me contou. Todo atleticano deveria presenciar isso in loco”, escreveu Tanaka, à época, em uma de suas redes sociais.
A situação do Atlético-MG fora de campo
De lá para cá, muita água rolou por debaixo da ponte do futebol brasileiro. O Cruzeiro, que, de fato, iniciou o campeonato brasileiro mal das pernas, engatou vitórias consecutivas e está praticamente garantido na elite nacional de 2023.
O Galo, por sua vez, que começou o ano com tantas ambições altas e lúcidas, viu cair uma a uma diante de si e hoje se preocupa com uma crise financeira que bate à porta. Tanto assim que o mesmo Lucas Tanaka, em outrora eufórico, demonstrou inquietação nas redes sociais.
“O Atlético pegou R$171.7M de empréstimos com bancos e pagou R$8.8M no período de janeiro a julho de 2022. Totalizando um déficit de 162.9M em novos empréstimos nesse sentido. O Galo consegue essa linha de crédito porque os Rs são os avalistas. A situação não está nada boa”, escreveu.
Os R’s, como são conhecidos Rubens Menin e Rafael Menin, da MRV Engenharia; Ricardo Guimarães, do Banco BMG; e Renato Salvador, do Hospital Mater Dei, são empresários que bancam contratações e auxiliam no pagamento de salários do Atlético. A receita está posta, e o Galo parece não fazer questão de mudar, apenas acrescentar uma pitada de sal.