777 Partners tentou comprar o Cruzeiro, mas teve que se contentar com o Vasco

O Cruzeiro se tornou um dos pioneiros entre os grandes clubes brasileiros ao anunciar a sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em dezembro de 2021, quando Ronaldo adquiriu 90% das ações do clube em um acordo que foi celebrado por dirigentes e torcedores. 

No entanto, antes de fechar o compromisso com o ex-atacante, a XP Investimentos, que representou o clube no negócio, recebeu uma oferta superior da 777 Partners, empresa que logo em seguida anunciou a compra do Vasco da Gama. 

Por que o Cruzeiro negou a 777 Partners?

À época, o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, explicou que recusou a primeira oferta da companhia americana, optando pela proposta feita por Ronaldo, apesar do valor bruto apresentado pelo ex-jogador ter sido menor.

“Considerando o contexto e o modelo de investimento e gestão, o Cruzeiro aceitou o que consideramos ser a melhor proposta entre as que foram apresentadas ao clube”, disse.

A oferta da companhia americana era superior em termos de investimento em relação ao acordo fechado com Ronaldo. Enquanto Ronaldo se comprometeu com um aporte inicial de R$50 milhões, a 777 ofereceu inicialmente cinco vezes mais para contratação de jogadores e pagamento de dívidas mais urgentes. 

No entanto, Ronaldo prometeu a possibilidade de mais R$350 milhões, sujeitos a dois fatores: se as receitas da SAF ficarem abaixo da média contabilizada pelo Cruzeiro com base no faturamento entre 2017 e 2021, e se o ex-atacante estiver disposto a investir esse valor ou a devolver uma parcela da SAF para a associação. 

Além disso, a 777 prometeu um aporte de R$200 milhões para o pagamento de dívidas de longo prazo, com o restante sendo pago ao longo dos anos, uma proposta semelhante à oferecida ao Vasco. Pode-se dizer que o Cruzeiro fez uma boa escolha.

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