Diretor do Cruzeiro massacra a Minas Arena em Audiência Pública sobre o Mineirão
Com vaias e protestos às falas de Samuel Lloyd, diretor da Minas Arena, o Cruzeiro se impôs em audiência pública nesta terça-feira. O CEO do clube estrelado, Gabriel Lima, falou sobre o total desinteresse da administradora em colocar futebol dentro do estádio. O deputado estadual Professor Cleiton também trouxe mais detalhes de supostos desvios que favoreceram o contrato existente.
“Nós temos documentos aqui que foram, inclusive, questionados pelo Tribunal de Contas do Estado, pelo próprio Ministério Público, que demonstram que houve desvio, por exemplo, do Cefem para o aporte na Minas Arena. Cefem é a compensação minerária, ou seja, recurso que deveria ser colocado no meio ambiente. Em governos anteriores, recursos da saúde foram alocados para cobrir as despesas colocadas aqui por esse contrato (Minas Arena e Governo). Nós entendemos que esse contrato é lesivo. Que precisa ser visto. Que, inclusive, a tal da mesa de negociação está aqui e nunca acontece, ela deve ser colocada na prática”, disse o deputado.
Contrato prevê 66 jogos de futebol por ano no Mineirão
Quem também fez uma revelação sobre irregularidades na Minas Arena foi o Secretário de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno Barros de Sousa, ele disse que, pelo contrato, é preciso que o Mineirão esteja disponível para 66 jogos por ano. Ele explicou o motivo.
“O contrato do Mineirão tem mecanismos contratuais para que o Estado possa respaldar o interesse público: que o Mineirão seja a casa do futebol. Então para isso, existe uma previsão contratual que o Mineirão tem que ter 66 jogos de futebol por ano. Esse é um número de jogos que o Mineirão recebeu em 2009, no ano anterior a assinatura do contrato”, explicou o secretário.
CEO do Cruzeiro desce a lenha na Minas Arena
A fala de Gabriel Lima, CEO do Cruzeiro, também foi bastante enfática quanto às dificuldades nas negociações com a Minas Arena. Ele chegou a afirmar que não há interesse da administradora em receber jogos de futebol no Gigante da Pampulha.
“O Cruzeiro tentou, por inúmeras vezes, chegar a um acordo e ter condições para jogar no estádio. Que eu volto a falar: pertence ao governo e está temporariamente cedido à iniciativa privada. Fizemos uma série de propostas para as construtoras que formam o consórcio. Todas elas, seguindo padrões mínimos do que é praticado em estádios cedidos ao redor do mundo. Nenhuma delas foi aceita e eu não sei explicar o porquê. Me parece que não há qualquer interesse em ter futebol no estádio”, completou Gabriel Lima.
Todas as informações foram dadas primeiramente pelo jornalista Samuel Venâncio, que trouxe detalhes no vídeo divulgado em seu canal, nesta noite de terça-feira. Confira na íntegra.
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