O Cruzeiro ainda corre risco de falência?

O Cruzeiro terá ainda um longo caminho a percorrer até alcançar o equilíbrio financeiro. Bom, deve-se destacar que as contas imediatas do clube estão em dia desde a chegada da SAF celeste, mas, por outro lado, as dívidas da associação são estratosféricas. 

Tanto assim que o Cruzeiro associação entrou no regime de Recuperação Judicial. Em resumo, trata-se de um projeto para quitar as dívidas do clube. A equipe mineira apresentou à Justiça uma lista de credores e um plano para pagar os débitos.

No entanto, deve-se destacar que o projeto passará por uma votação com os credores antes de ser aprovado pela Justiça. Há otimismo por parte do Cruzeiro. Mas uma pergunta deve ser feita: o que acontece caso a Recuperação Judicial não seja aprovada?

Fato é que, em entrevista concedida ao portal Deus me Dibre, nesta segunda-feira (28), o advogado da associação do Cruzeiro, Marcos Lincoln, junto ao advogado Daniel Vilas Boas, à frente do processo de Recuperação Judicial do clube, esmiuçou os próximos passos. 

O Cruzeiro corre o risco de decretar falência?

Grosso modo, o Cruzeiro terá uma reunião com seus credores para aprovar o regime de Recuperação Judicial. Caso a proposta não seja aprovada, o clube decretará falência. Mas há ainda uma salvação. O primeiro encontro marcará a votação dos credores, caso haja uma negativa, eles deverão apresentar um novo projeto para a equipe mineira. 

“A lei é de 2005, mas em 2020 sofreu uma modificação. Uma das modificações foi prever o ‘plano alternativo de credor’. Quem tem que propor o plano é a associação. Antes de 2020, a lei era clara, se a maioria aprovar, o juiz homologa o plano. Se os credores rejeitam, aí falência. Só que em 2020 a lei mudou para dar mais uma chance”, pontuou. 

“Se no dia 15 eles rejeitarem o plano, os credores podem votar para que eles proponham um plano. É o credor quem vai propor um plano factível. O plano da associação é rejeitado, mas não vai para falência. Os credores têm 30 dias para apresentar um novo plano”, disse. 

Por fim, Marcos Lincoln e Daniel Vilas Boas tranqulizaram o torcedor celeste. “A questão da falência é uma situação que não passa na nossa cabeça e que há artifícios legais, inclusive a própria jurisprudência, que prevê o princípio da preservação da empresa. Então a questão da falência é uma possibilidade real, mas a gente tem meios legais de evitar”, finalizou.

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