Jogos do Cruzeiro passam do limite e Mineirão vira problema para torcedores do clube

Os torcedores do Cruzeiro estão dando um show a cada partida do clube em seus domínios. Contra o Ituano, não foi diferente, e mais de 56 mil cruzeirenses estiveram presentes nas arquibancadas do Mineirão. Entretanto, apesar do clima de festa, muitos torcedores do clube estão reclamando da alta quantidade de furtos de celulares que estão sofrendo.

Através das redes sociais, diversos usuários que torcem para o Cruzeiro relataram transtornos nas partidas no Gigante da Pampulha, como furtos, tumultos, agressões, invasões em outros setores e muita confusão nas catracas. 

Aumento de furtos e relatos de torcedores

Segundo dados do Observatório de Segurança Pública/Reds/Sejusp, considerando todo o Estado de Minas Gerais, houve um aumento significativo de infrações registradas nos estádios de futebol.

De janeiro a agosto de 2019, foram registradas 1.298 infrações. Na atual temporada, no mesmo período, já são 1.721. Em 2020 e 21 os jogos ocorreram de portões fechados por conta da pandemia, logo, não possuem dados desta época.

Em julho deste ano, Wilson Caldeira, empresário, revelou que presenciou pequenos grupos atuantes em furtos de celulares. Em contato com o Superesportes MG, o torcedor revelou um pouco mais da situação.

“A PM [Polícia Militar] começou a limitar o acesso à esplanada somente para aqueles que possuem ingresso. Mas sempre liberam próximo ao horário do jogo ou quando tem muita gente gerando tumulto. Essas gangues costumavam entrar no estádio quando as catracas eram liberadas e isso ficou mais raro. Para mim, é notável a falta de seguranças no estádio, tanto nas arquibancadas quanto nas áreas dos bares. Só vejo seguranças nas divisões dos setores para impedir que torcedores pulem de um setor para o outro”, disse o cruzeirense.

Outro que sofreu nas mãos dos ladrões foi o ex-volante do clube Fabricio. Enquanto atendia os cruzeirenses com fotos, seu celular foi levado rapidamente em meio ao tumulto.

Outra vítima de furto de aparelhos foi Fabrício, ex-volante do clube. Ele acompanhou diversos jogos do Cruzeiro no Mineirão na temporada, como torcedor comum. Em um deles, enquanto atendia os torcedores com fotos, o celular foi furtado no meio da aglomeração.

Declaração dos órgãos responsáveis

A Minas Arena, concessionária que administra o Mineirão, revelou que está acompanhando os casos, e disse que o B.O é imprescindível para a investigação. 

A Polícia Militar informou, em nota, que o que acontece dentro do estádio não é de sua responsabilidade direta, e que realiza estudos para prevenir essas situações. 

“A Polícia Militar esclarece que para jogos e eventos de magnitude é realizado o prévio estudo e planejamento, levando em consideração todas as suas variáveis e peculiaridades, como a estrutura de recepção do público/realização do evento, infraestrutura e engenharia de tráfego do local. Há empenho do Batalhão de Polícia de Trânsito, bem como de todos os serviços do portfólio institucional, preventivos e repressivos”, disse.

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