Zagueiro falou que se sentiu desrespeitado no Cruzeiro e foi jogar no Santos
Ex- jogador do Cruzeiro, o zagueiro Maicon, relembrou como foi sua saída da Raposa e disse que não gostou do tratamento recebido pelo clube. O atual jogador do Santos deu sua versão sobre o fato em entrevista ao Uol Esportes, na última sexta-feira (23).
De acordo com Maicon, o comportamento do diretor de futebol, Pedro Martins, não foi agradável nas tratativas de ajustes salariais. O zagueiro ficou pouco tempo no clube e saiu dia 8 de março deste ano. No total, foram apenas três partidas com a camisa cruzeirense.
“A maneira com que o Pedro veio falar comigo foi bem desrespeitosa”, desabafou o defensor.
O atleta relembrou os momentos da chegada de Ronaldo e como a implementação da SAF afetou o seu contrato.
“Quando aconteceu a mudança, o meu empresário comunicou o Cruzeiro e perguntou: ‘O contrato do Maicon vai mudar?’ Eles falaram: ‘Não, se mantém’. Então mantiveram o mesmo contrato. Dois meses depois, me procuraram para uma troca de contrato. Eu falei ‘Conversa com o meu empresário e vamos tentar entrar num acordo'”, relembrou Maicon.
Jogador disse que foi afastado e acordo não foi para frente
O zagueiro disse na entrevista que o desejo era de permanência no Cruzeiro, mas foi afastado das atividades. Segundo informou, ele queria conversar com o diretor Pedro Martins para entrar em um acordo.
“Essa última conversa foi na quinta-feira e no sábado, eu recebi um comunicado do treinador que eles mandaram me tirar do jogo contra o Uberlândia porque eu estava com uma proposta do Santos, que eu não sabia ainda, e que eu ia sair. E eu tinha falado com o diretor que eu queria continuar, mas que a gente ia conversar. Então assim, eu senti que o clube não queria que eu ficasse naquele momento e eu falei: ‘Vamos lá tentar entrar num acordo'”, pontuou.
Após o afastamento, já na gestão de Ronaldo, as partes se reuniram e, segundo o jogador, o clube ofereceu proposta de redução salarial de 40% com chances de aumento em caso de acesso. O acordo não foi realizado porque o zagueiro disse que o Cruzeiro queria manter a redução de 40% mesmo se em 2023 estivesse na série A.
“Me ofereceram uma proposta de 40% abaixo do que eu ganhava. Falei: ‘Vamos entrar num acordo. Se a gente for campeão, subir, vocês me devolvem os 40%’. O que mais me deixou chateado é que se eu subisse pra primeira divisão meu contrato aumentaria 65% ou 75% do que eu ganhava na segunda divisão. Só que a proposta que fizeram foi a mesma da segunda divisão. Queriam me pagar, se o Cruzeiro subisse, 40% a menos na primeira divisão. Então eu não concordei”, concluiu o zagueiro.