Diretor do Cruzeiro expõe bastidores e fala sobre barca de jogadores que deixaram o clube

Ao se tornar sócio majoritário do Cruzeiro, Ronaldo tomou algumas decisões difíceis que, de certo modo, deixaram a torcida celeste receosa. A saída conturbada do eterno ídolo Fábio, por exemplo, pegou os torcedores de surpresa. A formação de um elenco com jogadores até então pouco conhecidos, inclusive Pezzolano, inicialmente, foi vista com desconfiança.

Contudo, não demorou muito para o grupo cair nas graças dos torcedores. Ainda durante o Campeonato Mineiro, o Cruzeiro apresentou um futebol entusiasmante. Pezzolano trouxe ao Cruzeiro uma intensidade nunca antes vista no clube estrelado. 

A temporada na Série B do Brasileirão apenas consagrou o trabalho do técnico e, por óbvio, de Ronaldo, talvez o maior responsável pelo retorno do Cruzeiro à elite do futebol nacional. Tanto assim que o torcedor, hoje, apenas aguarda os próximos passos da gestão. 

Sabe-se, contudo, que o Cruzeiro precisará fazer investidas no mercado da bola para montar um grupo competitivo, com força para disputar a Série A do Campeonato Brasileiro de forma digna. Ao que tudo indica, a próxima janela de transferências será movimentada. 

Os bastiodores da saída de Fábio do Cruzeiro

Em entrevista recente à Band, Pedro Martins, diretor de futebol do Cruzeiro, comentou sobre os atletas que deixaram o clube no início do ano. O gestor, é claro, trouxe o enfoque para a situação de Fábio, por conta de tudo que a saída do arqueiro representou para a torcida. 

“No de Fábio e de diversos outros atletas que tiveram que negociar o contrato, estava clara a lógica estabelecida pelo Cruzeiro: a gente precisa pagar os salários em dia. Questão básica, mas, no ano anterior, o clube chegou a dever mais de quatro salários”, disse. 

Pedro Martins revelou ainda uma situação extremamente preocupante na Toca. “A gente assumiu o Cruzeiro em dezembro com a conta de energia em atraso, quase sendo cortada. Com funcionários de baixa remuneração com salários atrasados. Para reajustar o orçamento, a gente precisa criar uma nova lógica, um novo modelo e composição de elenco”, declarou.

O gestor afirmou ainda que tudo foi conversado com Fábio. “Em nossa conversa com Fábio, isso foi conversado. Com ele, havia ainda toda a questão da dívida do goleiro com o clube. Isso acaba entrando na mesa de negociação e, infelizmente, a gente não conseguiu chegar em um acordo. Tomamos a decisão de colocar a instituição acima de tudo”, finalizou. 

Cumpre destacar, no entanto, que em sua carta de despedida, Fábio afirmou que aceitou todas as propostas do Cruzeiro, contudo, que a diretoria celeste só pretendia contar com ele até o final do Campeonato Mineiro, para que o arqueiro pudesse ter a sua despedida honrosa. 

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