Cruzeiro apresenta plano para pagar dívida milionária
De acordo com publicação do jornalista Samuel Venâncio, o Cruzeiro apresentou na noite de hoje (14) o Plano de Recuperação Judicial para a reestruturação financeira do Clube. Segundo informou Venâncio, com esse plano, o clube espera que a dívida, de cerca de R$ 550 milhões, tenha redução significativa de seu valor.
Em julho deste ano, o portal Uol Esportes divulgou entrevista com advogado Daniel Vilas Boas, que explicou os passos para a reestruturação financeira do clube.
“O Cruzeiro fez quatro movimentos para se reestruturar: o primeiro foi organizar os custos e tornar o orçamento da associação mais viável. Em segundo lugar, constituir a SAF com a vigência da nova lei. E, depois, celebrou um acordo de investimento com a Tara Sports, empresa liderada pelo Ronaldo. Agora, faz o movimento da recuperação judicial com o objetivo de reestruturar as dívidas financeiras até a data do pedido, que serão pagas na forma de um plano responsável adequado e que será apresentado em 60 dias após a data em que o juiz aceitou o pedido do Cruzeiro”, explicou o advogado ao Uol Esportes.
Exigência do Fenômeno ao adquirir a SAF
Uma das exigências de Ronaldo Fenômeno na SAF era a possibilidade de o clube iniciar um processo de recuperação judicial por conta da enorme dívida. Em abril deste ano, o Conselho Deliberativo do Cruzeiro aprovou essa possibilidade.
Gestões ruins no passado; relembre
Os torcedores se recordam, infelizmente, das denúncias que o clube sofreu com gestões anteriores e que levaram o Cruzeiro ao fundo do poço. Em 2019, foi ao ar uma reportagem do Fantástico a respeito de denúncias sobre falsificação de documento particular, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. As pessoas investigadas apresentavam, de alguma forma, relações com o Cruzeiro na época, entre elas estavam funcionários e ex-funcionários, dirigentes e prestadores de serviços que realizavam transações com o clube.
Um dos casos mais graves nas denúncias foi a de um empréstimo que o clube havia feito e que, ao alegar que não teria condições de quitar a dívida, fez um acordo entregando percentuais sobre os direitos econômicos de dez jogadores do elenco profissional e das categorias de base. Tal prática foi proibida pela Fifa em 2015. Apenas clubes e os próprios atletas podem, desde então, ter partes de direitos econômicos.